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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

[Resenha] Black Box de Jennifer Egan - O livro "twitado"

Esse livro foi uma novidade interessante da Intrinseca, confesso que fiquei empolgada com a idéia. Imaginem só, um livro em forma de twits, um por minuto durante dez dias! Incrível! Penso inclusive em fazer algo parecido um dia, mas em escala menor. Talvez quinze twits diários durante cinco dias, mas divago...

Confesso que me empolguei bastante com o começo. Afinal era algo inusitado. Mal podia me segurar nas calças de excitação. Só senti falta de uma hashtag para acompanharmos os comentários dos leitores ou algo do tipo, mas segundo a Intrínseca, não seria possível adicionar a tag, já que alguns twits teriam os exatos 140 caracteres.

A premissa era excelente. Uma história de espionagem cheia de mistérios e suspenses, num mundo distópico. E o livro realmente me prendeu por todos os 10 dias em que foi ao ar, mas o final é meio decepcionante. Deu a impressão que a Sra. Egan correu para fazer o desfecho o mais rápido possível porque tava acabando o tempo, ou qualquer coisa assim. Uma pena.

Black Box, ou Caixa Preta, conta a história da Gatinha espiã sem nome que, em nome da pátria, conhece e se aproxima de um figurão do crime para saber os seus segredos a qualquer custo, usando de aparatos tecnológicos, possíveis apenas em filmes Holywoodianos. Câmeras com flash nos olhos, gravador nos ouvidos e até um botão de pânico e um para saudade nos joelhos. Além, claro, da "caixa preta", um chip inserido em seu cérebro, que grava os pensamentos dela, para ser usado em treinamento de futuras Gatinhas.

A moça Gatinha parecia estar fazendo muito bem o seu trabalho, até cagar arruinar tudo, com um erro primário, o que quase causa a sua morte no final. Acho que era pra dar emoção ao troço, sei lá. Realmente estava meio parado, mas na minha concepção, fazia parte do papel de Gatinha que ela estava desempenhando. (Sabe, levar o figurão pra cama, apesar de ser muito bem casada, obrigada, e distraí-lo com seus atributos femininos, enquanto gravava fragmentos de conversas comprometedoras entre outras coisas.)

Em extensa pesquisa, dois minutos de procura no Google, descobri que a personagem foi reaproveitada de outro livro da autora, o A Visita Cruel do Tempo, que não li, nem sei do que se trata, e só fiquei sabendo sobre agora, enquanto escrevo essas linhas. Não faço ideia de quem seja, e não sei se quero saber, já que não sei do que se trata o livro. Se for bom, me indiquem aí nos comentários.

Confesso que me empolguei mais pela novidade do que pelo livro em si, já que ele é confuso as vezes, pulando de um assunto pro outro em um twit. Mas é válido, afinal são os pensamentos desconexos de uma Gatinha sob stress. Você meio que aprende a lidar com isso lá pelo terceiro dia. Ou não.

Resumindo a ópera, eu gostei do livro per se, tanto pela novidade quanto pela premissa e desenvolvimento da história, o que não gostei mesmo foi do final, pois estava MUITO corrido. Sei lá, se ela não tivesse se prendido aos dez dias (na verdade 11, teve uma meia hora extra de twits como bônus) e tivesse deixado a história correr, talvez tivesse sido melhor, mas eu relevo isso por ser novidade. Há muito tempo para trabalhar nisso, já que as comportas foram abertas. Realmente espero mais livros nesse formato daqui pra frente.





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