Já de cara gostei da protagonista, ela não fica desde o começo do livro choramingando o tempo todo, o que é um alivio se você quer saber. Ela é sim, conformada com a vida que os pais escolheram para si, e que até então tinha que ser dela também, mas aproveitou a primeira oportunidade que teve para cair fora e trocar seus macacões cinzentos por jaquetas de couro iradas.
Divergente passa num futuro distópico em que a humanidade é separada por “castas” onde cada grupo preza uma qualidade em especial, que nomeia cada um: Abnegação, Audácia, Amizade, Franqueza e Erudição. Quem não tem casta está fadado a ser mendigo pra sempre e a depender da caridade alheia, o que nesta época é escassa. Nossa heroína nasceu na Abnegação, o que basicamente significa passar fome para dar o que comer aos pobres, calar a boca durante as refeições e nunca se olhar no espelho. Não posso culpá-la por ir embora sem olhar duas vezes pra trás.
Ela escolhe, apesar de seus resultados inconclusivos dos testes de aptidão, viver na Audácia, onde pular de trens em alta velocidade sobre prédios de 20 andares é rotina. Sofreu preconceitos por isso, mas deu de ombros pra todo mundo e foda-se esta merda. Não gostou te pego lá fora! Mal chegou e já fez amigos, inimigos e até tatuagens, enquanto aprende a dar porrada e a apanhar, além de enfrentar os próprios medos, já que se falhar, vai ter que viver nos esgotos.
Não deve ser tão ruim se tem pizza... :x |
Se é que você me entende... |
Apesar de ser um livro YA, Divergente tem uma pegada bem violenta e mais pro final choca os desavisados. Nada aqui é o que parece é dificílimo confiar em alguém e quem você pensava que conhecia por toda a sua vida, tem segredos mais cabeludos do que sovaco de feminazi. Não preciso dizer que estou em cócegas para ler o segundo livro, Insurgente, que já saiu aqui no Brasil, só que a grana tá curta e esse infelizmente está na lista dos livros que só vou ler quando puder comprar o de papel…
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