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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

[Resenha] Série Uglies - Feios de Scott Westerfeld

Ando muito distópica por essas semanas, não? Bem, não importa, pois esse livro é mais uma excelente leitura que tive o prazer de achar por ai. Nunca tinha ouvido falar de Scott Westerfeld até encontrar um livretinho dentro de um outro livro, com o primeiro capítulo de Feios.

A princípio pensei que fosse ironia, a capa mostra claramente uma garotinha (ou garotinho?) linda. Fiquei encucada com isso e larguei o livro que tinha acabado de comprar, que alás nem me lembro qual era, para ler o primeiro capítulo de Feios. Não preciso nem dizer que fiquei maluca pra ter esse livro na minha estante.

E realmente não me arrependi. Feios é uma distopia das mais bem elaboradas, acho que só perde mesmo para "O Pacto", um livrinho de capa de borboleta que achei escavando prateleiras no Sr. Saraiva.

Este livro conta a história de Tally Youngblood, uma "Feia" prestes a se tornar Perfeita, já que seu aniversário de 16 anos se aproxima. Mas o que significa tornar-se Perfeita? Significa passar por uma operação plástica e retirar todas as imperfeições que você venha a ter (cabelo ruim, espinhas e gordura localizada me vêm a mente não sei porquê.)

Parece legal, e é o que a Tally acha, e é o que ela mais quer: Se tornar Perfeita e ir pular de prédios com jaquetas de bungee jump dos prédios de Nova Perfeição com seu melhor amigo, e já Perfeito, Peris, mas na minha opinião fecal só faz todos ficarem plasticamente iguais. Boooooring.

Tally, solitária enquanto espera os três meses que a separam de Peris e sua vida Perfeita, conhece uma garota também ainda feia chamada Shay, e cria-se ali uma amizade imediata. A garota gosta de aprontar tanto quanto Tally e isso as une, tanto que Shay resolve contar o seu maior segredo: Não quer ser Perfeita. Nem preciso dizer que isso deixa Tally chocada até o tutano dos ossos.

Pensar em permanecer Feia faz com que Tally estremeça de pavor, o que causa uma briga entre as duas, mas Shay não iria conseguir fugir para a Fumaça, cidade rebelde que luta contra a ditadura da Perfeição comendo coelhos e queimando árvores, coisas extremamente bárbaras pro gosto de Tally, sem se despedir, ou indicar como chegar até ela, caso mudasse de ideia. O que, claro, não ocorreu.

Mas nem tudo são rosas no mundo quase Perfeito de Tally. A Dra. Cabble da Circunstâncias Especiais, uma divisão ultra-secreta de Nova Perfeição criada para manter a ordem, tem outros planos para nossa heroína. No dia tão esperado de sua operação, Tally é levada até o QG da Circunstâncias Especiais para um lero com a Dra. Basicamente, se Tally não obedecesse ao pé da letra o que a Dra. queria, ela iria permanecer Feia para sempre...

E é aí que ela parte em uma aventura até a Fumaça, onde conhece David, um feio estranhamente atraente para ela. Rola uma química imediata entre os dois, mas deixa Shay enciumada, já que ela já estava de olho no cara desde que chegou. (Não importa a época, amizade de mulher só vai até ter homem no meio xD)

O plano era simples: chegar até a Fumaça, resgatar Shay e entregar a posição dos rebeldes para a Dra. Cabble no menor tempo possível. Mas as pessoas, leia-se David, e o modo de vida dos Enfumaçados estavam tomando conta do coraçãozinho de Tally, que já estava se arrependendo de ser uma espiã da Circunstâncias Especiais. A gota d'água para sua decisão de se tornar Feia para sempre e sobreviver de coelhos e Spagboll foi tomada, um dia antes de as coisa REALMENTE pegarem fogo na Fumaça...

Me apaixonei por Feios, não só pela história, que é muito bem contada, mas pela linguagem que o autor usa. Gírias próprias são altamente exploradas no contexto e me dá uma vontade louca de passá-las para o meu vocabulário também, mas me dou conta de que ninguém vai entender quando eu disser que uma coisa é "borbulhante" ou "falsa" e aí mudo de ideia.

Outra coisa que eu adoro é a protagonista, não é a típica adolescente cabeça oca (como ela ficaria se se tornasse Perfeita). Ela é bem madura. Uma mudança deliciosa para mim que já estou até as tampas com Isabelas Swan e Evers Bloom da vida. (Façam um favor a humanidade e morram uma morte lenta e dolorosa, Ever e Bella.)

Uglies, ou Feios, pra variar, é uma trilogia, seguido por "Perfeitos" e "Especiais", além de um Spin-off, "Extras" todos já publicados no Brasil. Altamente recomendado por esta que vos escreve.

Link pra comprar no Sr. Saraiva aqui.
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

[Resenha] Black Box de Jennifer Egan - O livro "twitado"

Esse livro foi uma novidade interessante da Intrinseca, confesso que fiquei empolgada com a idéia. Imaginem só, um livro em forma de twits, um por minuto durante dez dias! Incrível! Penso inclusive em fazer algo parecido um dia, mas em escala menor. Talvez quinze twits diários durante cinco dias, mas divago...

Confesso que me empolguei bastante com o começo. Afinal era algo inusitado. Mal podia me segurar nas calças de excitação. Só senti falta de uma hashtag para acompanharmos os comentários dos leitores ou algo do tipo, mas segundo a Intrínseca, não seria possível adicionar a tag, já que alguns twits teriam os exatos 140 caracteres.

A premissa era excelente. Uma história de espionagem cheia de mistérios e suspenses, num mundo distópico. E o livro realmente me prendeu por todos os 10 dias em que foi ao ar, mas o final é meio decepcionante. Deu a impressão que a Sra. Egan correu para fazer o desfecho o mais rápido possível porque tava acabando o tempo, ou qualquer coisa assim. Uma pena.

Black Box, ou Caixa Preta, conta a história da Gatinha espiã sem nome que, em nome da pátria, conhece e se aproxima de um figurão do crime para saber os seus segredos a qualquer custo, usando de aparatos tecnológicos, possíveis apenas em filmes Holywoodianos. Câmeras com flash nos olhos, gravador nos ouvidos e até um botão de pânico e um para saudade nos joelhos. Além, claro, da "caixa preta", um chip inserido em seu cérebro, que grava os pensamentos dela, para ser usado em treinamento de futuras Gatinhas.

A moça Gatinha parecia estar fazendo muito bem o seu trabalho, até cagar arruinar tudo, com um erro primário, o que quase causa a sua morte no final. Acho que era pra dar emoção ao troço, sei lá. Realmente estava meio parado, mas na minha concepção, fazia parte do papel de Gatinha que ela estava desempenhando. (Sabe, levar o figurão pra cama, apesar de ser muito bem casada, obrigada, e distraí-lo com seus atributos femininos, enquanto gravava fragmentos de conversas comprometedoras entre outras coisas.)

Em extensa pesquisa, dois minutos de procura no Google, descobri que a personagem foi reaproveitada de outro livro da autora, o A Visita Cruel do Tempo, que não li, nem sei do que se trata, e só fiquei sabendo sobre agora, enquanto escrevo essas linhas. Não faço ideia de quem seja, e não sei se quero saber, já que não sei do que se trata o livro. Se for bom, me indiquem aí nos comentários.

Confesso que me empolguei mais pela novidade do que pelo livro em si, já que ele é confuso as vezes, pulando de um assunto pro outro em um twit. Mas é válido, afinal são os pensamentos desconexos de uma Gatinha sob stress. Você meio que aprende a lidar com isso lá pelo terceiro dia. Ou não.

Resumindo a ópera, eu gostei do livro per se, tanto pela novidade quanto pela premissa e desenvolvimento da história, o que não gostei mesmo foi do final, pois estava MUITO corrido. Sei lá, se ela não tivesse se prendido aos dez dias (na verdade 11, teve uma meia hora extra de twits como bônus) e tivesse deixado a história correr, talvez tivesse sido melhor, mas eu relevo isso por ser novidade. Há muito tempo para trabalhar nisso, já que as comportas foram abertas. Realmente espero mais livros nesse formato daqui pra frente.


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