Sangue Quente não é apenas uma história improvável de amor, é provavelmente a pior perda de tempo da minha vida. (Ok, ok, não a pior, mas certeza que está no top 5.) Se você gostou deste livro,
A história se passa uns anos depois do colapso da humanidade, coisa de uns 10 anos. Temos como personagem principal R (sim, o nome é esse, simplesmente porque ele não se lembra do restante, só a inicial) um zumbi "fresco". Ele ainda não tinha perdido nenhuma orelha, nem nenhuma outra extremidade importante. Sua capacidade mental ainda funcionava muito bem obrigado, apesar de só conseguir falar umas poucas palavras. O foda é que isso faz com que ele pense um bocado.
R vivia sua vida de zumbi em um aeroporto abandonado, e um de seus hobbies era subir e descer as escadas rolantes, isso quando o gerador funcionava. Ele se arrastava por ai, grunhia e babava, até comia uns cérebros que por um acaso estivessem dando mole. Até ai normal, não esperava que a vida (ou morte?) de zumbi fosse uma festa todo dia. R tinha inclusive um melhor amigo, e mais tarde uma esposa e filhos zumbi (!).
Só que nem tudo na
De posse de um cérebro mágico, R ganhou mais um hobbie: mordiscar pedacinho por pedacinho aquela massa encefálica mistica. E cada vez que ele comia, via uma cena da vida do Perry, o agora defunto. Perry tinha uma vida normal como qualquer outra pessoa, até o holocausto. Ele queria ser escritor, mas virou marceneiro (ou qualquer outra coisa que seu pai impôs, não me lembro). Só que Perry tinha uma namorada, a Julie.
Julie aparentemente era o ar que Perry respirava. Era tão devotado, que morreu no lugar dela. E o R, a cada mordidinha, ficava cada vez mais gamadão na Julie. E a
Só que a essa altura, R já ta com os quatro pneus arriados pela Julie, por causa do cérebro do Perry. Ele dá uma porrada no amiguinho zumbi por causa da garota, e toma posse. Você pensaria que ele iria comer (no sentido gastronômico) o cérebro dela, mas não. Ele a leva para o aeroporto. Os zumbis em volta devem ter pensado que era um lanche pra mais tarde ou sei lá.
Então agora a Julie do Perry estava no avião particular do R. Pelo menos ela teve a decência de não confiar nele de cara, nem de deixar ele chegar muito perto.
Só que sendo bem sensata para uma protagonista envolvida com criaturas desmortas, ela convence o R a levá-la de volta pra cidade. R, como além de morto é homem, portanto um gentleman, faz esse favor. Só que na primeira oportunidade, a Julie dá dez na pata do veado.
Sacanagem, me deixou apé... :( |
Nosso zumbi esquizofrênico decide então ir atrás da mocinha, que obviamente lhe deu um belo pontapé nos fundilhos, e ver qual é a dela. E como raiva de morto dura pouco, ele pede ajuda ao amigo que comeu,
Juntando seus cérebros não-vivos, os três bolaram um plano infalível. Colocaram um terno no R e lhe pentearam os cabelos. Ele iria se passar por vivo pra poder entrar na comunidade insurgente. R, que era um zumbi com uma coordenação motora muito desenvolvida se comparado com os outros, e devido a sua quase nula decomposição, consegue entrar. (Tudo bem que ver dois outros zumbis CORRENDO possa ter distraído os guardas só um pouco também.)
É legal ver os vivos se virando como podem, tentando sobreviver a zumbis famintos, construindo
#PBHz em breve! |
Pra quem tem o bom senso que Deus deu a uma enguia, já sacou que isso não podia dar certo. R, sendo um zumbi que tinha decidido parar de comer vivos
Nesse meio tempo, na comunidade dos desmortos, mais zumbis estavam mostrando o seu dedo do meio para os Ossudos, resultando num aglomerado de mortos-vivos nos portões do estádio. Os vivos estavam igual baratas tontas, sem saber pra onde atirar, pro lado de dentro ou de fora. Os mortos estavam divididos em quero voltar a ser vivo e só estou aqui porque me disseram que tinha cérebros frescos. R e Julie estavam num fight nervoso com o General Grigio, que por um acaso também é o pai dela. O General despenca 15 metros e vira um Ossudo.
O final desse livro é a coisa mais broxante que eu já li, tanto que vou te contar. R ressuscita, e os Ossudos eram na verdade alienígenas tentando dominar o planeta. Não, não estou brincando, pode comprar aqui e ler o livro se quiser ver com seus próprios olhos. Ou você pode conferir também nos cinemas a partir de agosto desse ano. Também não acredita? Dá uma olhadinha aqui então.
A bem da verdade, eu gostei do livro, apesar da galhofada. O R é bem engraçado, e o jeito que ele vai narrando a sua não-vida te prende mais do que eu poderia esperar de um zumbi. Só detestei de verdade o final, por causa do óbvio poder do roteiro utilizado aqui. Finais forçados tiram o tesão de qualquer leitura. Mas assim como Crepúsculo, eu certamente voltarei a lê-lo, nem que seja pra rir com o R zumbi.
Acabei de ler o livro e concordo em cheio com a sua resenha. Porém tem uns equívocos. A esposa zumbi de R trai ele com um desconhecido e não com o melhor amigo, o zumbi M. O grupo que foi até a cidade estádio com ele era formado por cerca de 10 zumbis. E o motivo que fez com que o protagonista comesse pedaços do guarda, nem foi a fome propriamente dita, mas pq ele seria reconhecido, logo morto. Mas enfim, são só detalhes. Gostei do livro, mas o fim realmente é broxante, forçado demais.
ResponderExcluirOi João! Obrigada pelo comentário! ;) Fiz essa resenha muito tempo depois de ter lido Sangue Quente, então pequenos detalhes como esse me fogem à memória. E sim, realmente, fica dificil quando um livro bom te desanima no final. :/ Volte sempre ao blog e fique a vontade para comentar nos outros posts. ;)
ResponderExcluir