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sábado, 9 de junho de 2012

[Resenha] A Pecadora de Petra Hammesfahr

Esse é um daqueles livros que agente só acha por um acaso. Estava eu muito bem na livraria do aeroporto, olhando capas e cheirando livros, quando me deparo com essa singela capa. Pensei logo se tratar de algo bíblico, e já ia devolver pra prateleira, quando li a sinopse. Pensei cá com meus botões, por que não? Só estava levando dois livros para a viagem, não ia durar nem as duas horas de vôo até Brasilia.

Me peguei presa pela narrativa da autora, que suponho, seja alemã com este nome tão singular. A história é bem escrita, pesada na maior parte do tempo, o que não necessáriamente é uma coisa ruim. Só não espere dar muitas risadas com este livro.

Cora Bender, mãe e esposa, além de encontrar tempo para os trabalhos domésticos, também consegue fazer o seu trabalho no escritório do sogro, onde trabalhava de graça, até bater o pézinho e pagar a si mesma e ao marido, que trabalhava na mesma empresa, um salário justo. Não preciso dizer que o sogro não gostou nada dessa história. Mas isso é irrelevante.

Cora normalmente é quieta e reservada, porém dócil. Não se lembra muito de seu passado, mas não perde muito tempo se preocupando com isso. Só que num belo dia, enquanto desfrutava dos raios de sol, na beira do lago com a família, ela ataca um homem, e o mata a facadas, sem nenhum motivo aparente, a não ser porque ele estava beijando a esposa um tanto quanto animado demais.

Só que para o inspetor Rudolf Grovian, matar um homem por estar beijando a esposa em público não é motivo suficiente. E com a pulga atrás da orelha ele resolve investigar o caso que aparentemente já estava solucionado, afinal tinha-se testemunhas e a confissão da assassina. Estava mais do que óbvio que Cora era doida de pedra, e o melhor a se fazer era trancá-la em uma cela alcochoada onde não podera fazer mal a mais ninguém.

E é essa imagem que Cora passa o tempo todo, depois que cometeu o assassinato. Só que Grovian tinha que saber de verdade, e catuca, espreme e aperta, até saber de tudo e mais um pouco, e só vai descansar até entender o porque das coisas, mesmo todos lhe dizendo pra deixar pra lá. Investiga os confins do passado da Cora, mesmo ela implorando para ele parar.

Confesso que esperava um final diferente para este livro. Não que tenha me desagradado o fim escolhido pela autora, só é frustrante. Vivemos o passado da Cora pelo ponto de vista dela, entendemos o porque dela ter surtado, mas não muda o fato dela ter cometido um crime. Talvez haja leis na Alemanha (ou sei lá onde se passa esse livro, não tá bem claro) que prevê esse tipo de coisa.

É um bom livro, recomendo. Não entendo porque não é tão famoso. Talvez porque não fala sobre vampiros, zumbis, ou possui cota para lobisomens descamisados.



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Um comentário:

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