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sexta-feira, 1 de junho de 2012

[Resenha] Série Fadas - Asas de Aprilynne Pike

Voltando com o blog, depois de um tempinho sem resenhar nada. Não tenho lido muito também, por pura preguiça, enfim...

Ganhei este de presente de uma amiga, mas confesso que já estava de olho grande nele quando estive na Bienal ano passado. Como já estava carregando uns 200 livros nas costas, e temendo a fúria assassina dos meus pais assim que chegasse a fatura do cartão, optei por não levá-lo. Mas se vc quiser, pode ter o seu exemplar aqui.

E apesar de sim, ter me interessado pela sinopse, comecei a ler este livro com um certo preconceito. Eu gosto de fantasia, mas com um toque mais "caliente", e só pela capa agente vê que é um livro pra menininhas. E eu estava inteiramente certa.

Laurel é uma menina de 15 anos que sempre estudou em casa com a mãe hippie/new age que faz os próprios remédios e é contra médicos. Derrepente ela se vê obrigada a se mudar para uma cidade ligeiramente maior e a estudar numa escola de verdade.

Pra variar, a nossa heroína no começo é uma reclamona de marca maior, mimimizando sobre ter que estudar com outras crianças de 15 anos barulhentas. Isso só até conhecer David, o bonitão líder da panelinha dos populares da hierarquia escolástica.

Logo de cara a Laurel é tachada de doida por estar almoçando alface ao invés de lasanha, mas se livra facilmente disso com um levantar de ombros displicente. Comer mato não é o suficiente pra "bullynar" a novata aparentemente. Gostaria de saber disso quando eu tinha 15 anos...

Os dias passam, e a autora esquece aparentemente das outras pessoas do livro, e foca em Laurel e David o tempo todo. Eu achei meio monótona essa parte de estudar biologia na casa do garoto e não rolar nem uns amassos, mas enfim. Um belo dia, a adolescente que sempre teve a pele de alabastro lisa que nem mármore, descobre sua primeira espinha nas costas. Até ai normal, mamãe New Age mandou passar arnica e tava tudo certo.

Serve pra tudo!!
Só que o troço foi crescendo, crescendo e crescendo até virar uma bola de golfe. A tapada ao invés de correr pra mãe e implorar que fosse levada a um cirurgião plástico em Los Angeles, não. Escondeu o alien debaixo de moletons de alpaca e implorou a qualquer santo que estivesse disposto a ouvir, pra fazer o troço sumir.

E alguém nos planos superiores deve ter ouvido mesmo, porque assim que ela se decidiu contar pra mamãe que estava virando o Quasímodo, o troço sumiu. E virou uma flor...

Basicamente nasceu um "penes" de planta nas costas dela...
Ok, que ela era uma fada, tava meio implícito desde a capa do livro, mas uma FLOR?!?! Ah, que se dane, é só um livro, vamos em frente.

Então a Laurel, que não é do tipo que tem um espelho no quarto, "voa" até o banheiro pra dar uma olhada no que a mãe natureza lhe deu. Imaginei basicamente a flor da capa do livro, já que a descrição não encaixou na minha cabeça. Eram pra ser asas, certo? CERTO?!?!

Ok, sem pânico, vamos arrumar uns cachecóis aqui e amarfanhar a florz inha ona debaixo dum monte de pano, ao invés de sair correndo e pedir aos pais para contratar os melhores especialistas e remover o troço. Pois é...

A infeliz vai pedir ajuda ao melhor amigo/rolo/futuro peguete. Ela corta um pedacinho da flor e manda o cara olhar no microscópio, onde ele atesta o óbvio: É uma flor. Com um suspiro resignado, ela revela pra David que nasceu nela uma planta. E já que ele tava com aquela cara de "sei, agora senta lá, Claudia", Laurel desamarrou os panos e mostrou o que tecnicamente seria as suas genitais. Simples assim, sem nem um jantarzinho antes.

Bestificado com o que estava vendo, o David aproveita pra dar uns beijinhos na boca do que obviamente era uma aberração e merecia ser estudado em seu microscópio. Só que né, cê sabe, o cara já tava doido pra "polinizar" a florzinha dela, se é que me entende..

Viro a página, e a Laurel tem que voltar à casa antiga com os pais pra dar uma olhada, sabe como é, vão vender a propriedade, e tem que estar tudo nos conforme. Laurel coloca a sua viola nas costas e fala pros coroas que ia ali dedilhar umas cordas e ja voltava. Mal chegou e ja foi colocando a flor pra pegar uma brisa. Só que tinha um certo elfo por ali espionando.

Ela tropeça e não consegue amassar as pétalas embaixo dos panos a tempo, mas ele age como se não fosse lá grandes coisas. O que não era mesmo, já que ele é um elfo e aparentemente sabe tudo sobre a descendência dela. Laurel já sabia que era adotada e tudo o mais, só não sabia que era, vejam vocês, uma fada. Ela, claro, não acredita, apesar das evidências. (Nunca sangrou na vida, só come mato e Sprite e, ah sim, tem uma FLOR saindo de suas omoplatas!)

-.-
 Enquanto nossa heroína digere todas essas informações, e limpa o pólen do elfo das mãos, que tal um baile a fantasia? Sim, Laurel foi de fada, só que de tanto amarfanhar a coitada da flor debaixo de panos, a pobre já tava murchando. Caíram-se as pétalas antes de terminar a primeira dança. Mas Tamani, (o elfo do parágrafo anterior, lembra?) disse que murchariam mesmo, mas que era pra ficar tranquila porque ia florescer no ano que vem.

Ok, até aqui a história se arrasta, mas fica mais interessante ou não. Tem uns trolls tentando comprar a antiga propriedade da família porque é ali que se encontra o portal para Avalon. E para conseguir o que querem, esses filhotes de cruz credo envenenam o pai da Laurel, ao ponto da mãe hippie/New Age cogitar levá-lo ao médico.

Precisou o cara cuspir sangue pra algo ser feito, e enquanto isso, tem troll tentando fazer uma mãe atarantada com contas de hospital pra pagar, a assinar papéis duvidosos. Laurel vai até o covil das bestas enfiar um dedo na cara do grandalhão, mas acaba num rio amarrada a uma pedra, junto com David. Mas ela incorpora o MacGyver e salva os dois.

Ai depois é a vez de Tamani colocar em prática suas técnicas ninja aprendidos no exército das fadas. Mata três no melhor estilo Sam Fisher, mas toma uma surra do grandalhão. O Shrek do inferno acaba fugindo, mas não sem antes encher o elfo de pipoco.

E corre com o elfo pra floresta antes que ele perca muita seiva. Já no portão pra Avalon, Laurel conhece o Gandalf das fadas que lhe dá um diamante do tamanho de uma maçã e uma poção pra salvar o pai. Pai salvo, contas pagas, e agora Laurel é a feliz proprietária das terras que guardam um portal mágico.

E ai vem a melhor parte ou não do livro. Incorporando o melhor espírito de Zoey Redbird, Laurel se enrosca com Tamani no meio do mato, mesmo dizendo que vai ficar com o David. A desculpinha é que tem que proteger os pais humanos e tal.

O livro é fofinho, mas como eu disse no começo, é pra menininhas. Talvez melhore ou piore no próximo volume, e eu só vou saber quando ler. E com a minha sorte pra novas séries, vai ser uma merda foda...



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